Empreendedorismo social contribui para o acesso de famílias de baixa renda à moradia adequada

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O empreendedorismo social de empresas privadas  pode colaborar na promoção do acesso da população de baixa renda a moradias dignas. Em estudo publicado na revista “GV Executivo”, os pesquisadores da FGV EAESP Edgard Barki, Tânia Veludo de Oliveira, Adriana Guedes Arcuri, Fabrícia Peixoto e Ana Tereza Delapedra apresentam contribuições de empreendedores sociais brasileiros em processos de regularização fundiária, reforma habitacional e matrizes energéticas alternativas, assegurando qualidade de vida à população beneficiada.

Os autores abordam três oportunidades para negócios de impacto na área da habitação. A primeira é a ampliação da influência do negócio, denominada scale up, ilustrada pela empresa Terra Nova. Fundada em 2001, a empresa realiza intermediações coletivas entre proprietários de terra e famílias que ocupam terrenos urbanos, colaborando para a formulação de leis e políticas públicas de regularização fundiária.

O aumento no número de pessoas ou comunidades impactadas, ou scale out, pode ser verificado no trabalho da Vivenda, que desde 2014 realiza reformas em casas da população de baixa renda e, a partir de 2021, criou uma plataforma que permite a replicação do modelo original por outras organizações. Por fim, o impacto dos negócios em mudanças culturais, ou scale deep, é o caso da Revolusolar, companhia que implementa energia solar em favelas através da parceria com instituição social local.

“Os casos da Terra Nova, Vivenda e Revolusolar são inovadores e resolvem problemas sociais habitacionais relevantes. Se isoladamente conseguem atender a diferentes necessidades da população que não tem acesso à moradia adequada, uma visão de conjunto desses negócios poderia trazer impacto social ainda maior”, observa o artigo.

Segundo os autores, a inovação destas iniciativas contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, que prevê cidades mais seguras e sustentáveis com garantia de acesso à moradia. Assim, o empreendedorismo social pode se somar a iniciativas governamentais e privadas já vigentes para a redução das desigualdades.

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