Pandemia e trabalho remoto aumentaram risco de fraudes corporativas, apontam profissionais de governança, risco e compliance

Foto: StartupStockPhotos / Pixabay

Segundo a percepção de profissionais de governança, risco e compliance, o período de isolamento por conta da pandemia de Covid-19 aumentou o risco de fraudes corporativas. A crise sanitária provocou a flexibilização de regulamentos e a adoção de trabalho remoto por empresas desacostumadas a esta modalidade, gerando sensação de falta de supervisão para 57,5% dos trabalhadores.

Os dados são de artigo com coautoria do pesquisador da FGV EAESP Jonny Mateus Rodrigues publicado na revista “GV Executivo”. O estudo é baseado em 120 respostas de trabalhadores brasileiros que atuam nas áreas de governança corporativa, riscos, controles internos e compliance a questionário aplicado virtualmente entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Os entrevistados atuam em empresas de diversos portes com vínculos variados – foram considerados tanto trabalhadores internos, que são contratados pela organização, como profissionais que atuam de forma externa, como consultores.

75% das empresas dos respondentes adotaram o regime de home office durante a pandemia. Segundo 62,5% dos trabalhadores que atuam de forma externa às organizações, o trabalho remoto provocou dificuldades de comunicação, percentual bem menor entre os funcionários internos – 32,9%. O teletrabalho aumentou a percepção de risco cibernético, o mais citado entre os entrevistados, com 77,5% de menções, à frente de riscos como operacional, sanitário, financeiro e de conformidade.

O artigo aponta a importância do investimento em tecnologias para aprimorar o nível de segurança para acesso remoto de serviços, pois o home office seguirá como prática no pós-pandemia. “Sobre as diferenças entre grupos, de forma geral, nota-se que empresas maiores e multinacionais parecem mais preparadas para lidar com situações como a pandemia do que as menores e nacionais, que muitas vezes enfrentam mais riscos e precisam fazer maiores investimentos repentinos”, apontam os autores.

Confira o artigo na íntegra

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