Dados e mapeamentos colaborativos das cidades ajudam a construir comunidades resilientes à enchentes e inundações

Imagem: Pixabay

Já parou para pensar na quantidade de dados que cada um de nós gera apenas ao circular pelas cidades? Muitas empresas já fazem uso dessas informações para melhorar nossas experiências de compra, por exemplo, e a verdade é que os gestores urbanos também podem usar esses muitos terabytes de dados que produzimos ao circular pelos municípios para acompanhar o que está acontecendo nas diferentes comunidades urbanas, com informações bastante precisas sobre o local onde cada situação acontece bem como a hora em que ela ocorre.

Interessados em entender os fenômenos urbanos de forma mais granular ao acompanhar esse grande volume de dados, tanto governos quanto os ambientes acadêmicos têm se organizado para fazer “maratonas de mapeamentos”, que convidam voluntários a usarem plataformas gratuitas, como o OpenStreetMap, para fazer com que os dados que geramos também possam auxiliar a definição de políticas públicas urbanas.

Neste episódio, o professor João Porto de Albuquerque, diretor do Instituto Para Desenvolvimento Sustentável Global da Universidade de Warwick, conta que projetos colaborativos como o “Dados à prova d’água”, que é realizado no Brasil em parceria com a FGV EAESP, sob a coordenação da professora Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha, são capazes de mapear áreas urbanas de maneira a compreender melhor dados relacionados à inundações, auxiliando o poder público a pensar em estratégias que possam tornar as comunidades urbanas mais resilientes à momentos de maior tendência de cheias e enchentes.

Albuquerque conta no episódio que há um projeto em curso que foi capaz de fazer mapeamentos completos de importantes áreas urbanas, com voluntários identificando mais de 90 mi edificações (casas ou prédios) e mais de 90 mil ruas, além de mapear rios e igarapés na região do Acre. O objetivo é conseguir compreender melhor e acompanhar o movimento das cheias na região, com o apoio de voluntários locais, que são treinados no uso de plataformas abertas como o OpenStreetMap para compartilhar com o conhecimento específico que têm do local onde residem.

Você pode conhecer detalhes sobre o projeto que investiga o uso de dados para a governança de riscos relacionados à água no site do projeto “Dados à prova d’água”.

Saiba mais sobre o projeto ouvindo esse episódio do podcast Dois Lados da Rua logo abaixo.

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