Empresas brasileiras investem em projetos sociais que contribuem para o desenvolvimento do território

Sobre uma mesa, voluntários, uma mulher branca e um homem negro, organizam latas de alimentos e pães em caixas de plástico para transporte

Imagem: Julia M Cameron / Pexels

Na última década, empresas brasileiras têm buscado conciliar seus projetos sociais com as políticas públicas locais e com as estratégias corporativas. A filantropia corporativa deseja ir além de ações pontuais e fortalecer as lideranças comunitárias do entorno, contribuindo para o desenvolvimento do território. A motivação dos gestores é deixar um legado de benefícios sociais para a população, conforme aponta estudos dos pesquisadores da FGV EAESP Livia Menezes Pagotto, Mariana Xavier Nicolletti e Mário Monzoni.

Os autores realizaram entrevistas por meio de grupo focal com 13 gestores corporativos responsáveis pela implementação de projetos de desenvolvimento territorial em empresas de sete setores econômicos diferentes. Em seguida, realizaram entrevistas individuais com 13 gestores, sendo dois deles também participantes do grupo focal.

O estudo verificou que a filantropia corporativa é um investimento de social de longo prazo. Os gestores consultados relatam a importância de ouvir a comunidade durante todo o processo de construção das ações, respeitando as capacidades e culturas do território em questão. Através da postura denominada pelos autores de ‘cidadania corporativa’, essas empresas buscam estar de acordo com as políticas públicas de desenvolvimento territorial.

Os gestores também mencionam vantagens na relação dos programas sociais com a atividade-fim da empresa. As iniciativas de mitigação de impactos sociais e ambientais e o investimento em infraestrutura, qualificação de recursos humanos e geração de renda local contribuem para o desenvolvimento do território em que as empresas estão instaladas, o que traz resultados positivos também para a consolidação do próprio negócio.

Confira o estudo na íntegra

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