[versão beta]
  • Sobre o Blog Impacto
  • FGV EAESP
  • FGV EAESP Pesquisa
  • Acontece
    • Notícias
    • Eventos
  • Para alunos
    • Serviços para alunos
    • Comunidade FGV
  • Para candidatos
  • Para empresas
    • Soluções para empresas
    • Clube de parceiros FGV
  • Alumni
  • Contato
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os recultados
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
Home Blog Impacto

Carros elétricos e a nova cadeia de suprimentos

24 de outubro de 2023
Carros elétricos e a nova cadeia de suprimentos

Luis Henrique Rigato Vasconcellos – luis.vasconcellos@fgv.br 

Não há dúvidas que os carros elétricos vieram para ficar no país e no mundo. Uma rápida olhada no mercado nacional aponta que já há mais de 120.000 carros com algum tipo de eletrificação. Basicamente, os carros ditos “elétricos” se subdividem em veículos híbridos, ou híbridos leves (que são cerca de 70% do total registrado), seguidos pelos chamados híbridos plug-in (cerca de 20%) e carros exclusivamente movidos a bateria (compondo os outros 10% do total).

Conteúdorelacionado

Dos eSports para as Empresas: como a IA pode mudar sua organização?

Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades

Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?

A diferença básica entre essas categorias se dá pelo tipo de mobilidade do veículo, que pode acontecer apenas pela parte eletrificada, como no caso dos plug-in e dos movidos a bateria; ou pelo uso da eletrificação como um auxílio na eficiência energética (através da redução do consumo do motor de combustão interna), que, de forma geral, é o caso dos híbridos, ou híbridos leves.

O crescimento nas vendas dos carros elétricos em nosso mercado também é notório. Trata-se de um crescimento exponencial, em que no ano de 2015 foram vendidos menos de mil unidades de veículos elétricos no Brasil, enquanto em 2022 foram quase cinquenta mil. Poucas vezes vimos no setor automobilístico o crescimento tão consistente de um produto.

O argumento sobre a sustentabilidade e a redução do uso de combustível (fóssil ou não) é inegável e vem sendo colocado como um atrativo de vendas, irresistível para o consumidor. Surge, então, uma questão que vem ganhando cada vez mais relevância: Como será a nova cadeia de suprimentos após a eletrificação da frota e quais as empresas que terão destaque nessa mudança?

Se olharmos a cadeia total de suprimentos, a resposta ainda não está clara. A academia e a indústria têm se debruçado para endereçar tal questão. É preciso analisar toda a cadeia produtiva, desde a produção dos materiais necessários, a manufatura, a utilização do veículo, até o seu final de vida. Essa análise não é trivial e envolve muitas particularidades de acordo com a região onde o veículo é produzido e utilizado. A substituição de uma frota de carros a combustão para uma frota eletrificada traz mudanças profundas na cadeia.

No contexto internacional, notamos o aparecimento de cadeias de suprimentos coordenadas por empresas que tinham pouca importância no cenário de carros convencionais. Exemplos como as cadeias da Tesla, da BYD ou da SAIC tinham, até pouco tempo atrás, baixa representatividade do ponto de vista mundial.

Vale destacar que a nova cadeia produtiva eletrificada apresenta componentes na montagem do veículo que antes não se faziam presentes, como o propulsor elétrico, o sistema de baterias e componentes, o sistema elétrico de potência e o sistema elétrico de carregamento.

Além disso, um carro elétrico apresenta uma complexidade menor de construção.  Ele não requer sistemas de transmissão, frenagem e refrigeração sofisticados e dispendiosos. Também não tem sistema de injeção de combustível, de lubrificação do motor, de escapamento, motor de arranque, catalisador, etc. A cadeia de suprimentos vêm, portanto, sofrendo alterações representativas.

Dependendo da estratégia adotada para a eletrificação, e possível antecipar que boa parte da cadeia metal mecânica dedicada ao carro a combustão poderá estar sucateada em poucos anos. As empresas que compõe a cadeia já perceberam a profundidade da alteração e muitos movimentos foram iniciados.

É um jogo competitivo de gigantes e percebemos que na nova cadeia produtiva surge a dominância de empresas que tinham pouca participação no cenário de carros convencionais. Podemos usar como exemplo um dos principais componentes do veículo elétrico, que é o sistema de baterias. A bateria chega a representar cerca de 40% de todo o custo de um carro. E na fabricação desse componente, as empresas chinesas largaram na frente. No ano de 2022, das dez maiores fabricantes de bateria, seis foram chinesas, três coreanas e uma japonesa. Juntas, elas representaram 92% de todo o mercado (https://www.normasabnt.org/maiores-fabricantes-de-baterias-de-carro-eletrico/#os-10-maiores-fabricantes-de-baterias-de-carro-eletrico).

A Ásia simplesmente domina o mercado de baterias, que é um mercado impressionante. No ano de 2021, ele movimentou US$ 58,61 bilhões. A projeção é que, até 2030, ele ultrapasse os US$ 278,27 bilhões. O faturamento da maior montadora do mundo em 2022 (Toyota) foi de US$ 281,75 bilhões. Isso quer dizer que a corrida para a eletrificação e o controle da cadeia passará, necessariamente, por quem detiver o controle sobre as baterias.

Figura 2: Mercado de Baterias Mundial

Fonte:  https://doi.org/10.3390/cleantechnol4040056

O mundo está, portanto, assistindo uma mudança radical na cadeia global de suprimentos automobilística. Há muitas lacunas para serem estudadas e investigadas na nova cadeia que se apresenta. Como as empresas “tradicionais” vão desenvolver estratégias de dependência no fornecimento de baterias? Como ficará a concentração de poder nessas cadeias? Quais as mudanças que a eletrificação trará ao montante da cadeia (como, por exemplo, a construção de eletropostos no lugar de postos tradicionais de combustíveis)? Como ficará a questão da regulamentação do uso e descarte dos veículos elétricos?

Enfim, a radicalidade da mudança trazida pela eletrificação apresenta uma condição ímpar para pesquisas na área de operações e supply chain management.

 

CompartilharTweetarCompartilharEnviar

Conteúdo relacionado

Dos eSports para as Empresas: como a IA pode mudar sua organização?
Blog Impacto

Dos eSports para as Empresas: como a IA pode mudar sua organização?

20 de maio de 2025
Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades
Administração de empresas

Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades

19 de maio de 2025
Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?
Podcast

Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?

16 de maio de 2025

Conteúdo recente

Dos eSports para as Empresas: como a IA pode mudar sua organização?

Dos eSports para as Empresas: como a IA pode mudar sua organização?

20 de maio de 2025
Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades

Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades

19 de maio de 2025
Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?

Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?

16 de maio de 2025

Mais lidos

Redução da jornada de trabalho?

Redução da jornada de trabalho?

10 de abril de 2025
Corrupção: Entenda as Abordagens Teóricas e Estratégias de Controle

Corrupção: Entenda as Abordagens Teóricas e Estratégias de Controle

24 de abril de 2025
Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?

Tempo, discurso e estratégia: como as organizações constroem narrativas para influenciar decisões?

16 de maio de 2025
Empresas estatais devem ter lucro?

Empresas estatais devem ter lucro?

9 de fevereiro de 2023
Geografia do Pix: estudo revela padrões de uso e impacto do meio de pagamento no Brasil

Geografia do Pix: estudo revela padrões de uso e impacto do meio de pagamento no Brasil

21 de abril de 2025
Indisciplina no Ensino Superior em Tempos de IA: Para Onde Correremos?

Indisciplina no Ensino Superior em Tempos de IA: Para Onde Correremos?

29 de abril de 2025

Tags

administração de empresas administração pública bem estar coronavírus corrupção covid-19 diversidade educação empreendedorismo empresas ESG Estratégia FGVcemif FGV EAESP FGV EAESP Pesquisa finanças gestão gestão de saúde gestão pública gênero inovação Inteligência Artificial liderança marketing mulheres negócios Notícias internas ODS3 ODS 3 ODS 8 ODS 9 ODS 16 organizações pandemia política pública políticas públicas saúde saúde de qualidade saúde pública supply chain SUS sustentabilidade tecnologia trabalho transparência
#podcast Impacto: A relação entre autonomia e desempenho de Defensorias Públicas na América Latina

Podcast Impacto

25 Episode
Subscribe
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Feminist Foreign Policy: liderança feminina e cultura política internacional

10 de abril de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: Intraempreendedorismo no setor público: inovação e inclusão social

13 de março de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: O fenômeno do encolhimento de cidades no Brasil

10 de fevereiro de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Relação da diversidade com os resultados financeiros das empresas

12 de dezembro de 2024
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Como a imigração forçada impacta a violência?

22 de novembro de 2024
Disseminação do conhecimento
Catálogo dos Centros de Estudos

As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Nenhum resultado
Ver todos os recultados
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast

-
00:00
00:00

Queue

      Update Required Flash plugin
      -
      00:00
      00:00