[versão beta]
  • Sobre o Blog Impacto
  • FGV EAESP
  • FGV EAESP Pesquisa
  • Acontece
    • Notícias
    • Eventos
  • Para alunos
    • Serviços para alunos
    • Comunidade FGV
  • Para candidatos
  • Para empresas
    • Soluções para empresas
    • Clube de parceiros FGV
  • Alumni
  • Contato
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os recultados
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
Home Blog Impacto

Diversidade e inclusão na cadeia de suprimentos

26 de dezembro de 2022
Diversidade e inclusão na cadeia de suprimentos

Por Priscila Miguel – priscila.miguel@fgv.br

O interesse por diversidade e inclusão (D&I) tem aumentado tanto no ambiente acadêmico como no corporativo. É cada vez maior a pressão por organizações com maior heterogeneidade e diferenças entre pessoas, no que se refere a raça, gênero, idade, orientação sexual, pessoas com deficiência e nacionalidades. E não basta apenas contar com grupos diversos, é preciso que todos tenham as mesmas oportunidades de participar e contribuir de forma igualitária.

Conteúdorelacionado

Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã

Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável

Professora da FGV EAESP representa o Brasil no Comitê Executivo da BALAS

A diversidade e inclusão precisam estar presentes em diferentes esferas: na força de trabalho, na liderança e nas relações com fornecedores e clientes, ou seja, na cadeia de suprimentos. Uma das formas de se aumentar D&I nas relações interorganizacionais é aumentando as compras de fornecedores de propriedade de diversidade, ou simplesmente fornecedores de diversidade, que são aqueles em que 51% ou mais da participação societária pertence a um grupo minorizado, isto é, propriedade de negros, indígenas, mulheres, pessoas com deficiências, membros da comunidade LGBTQIA+, entre outros. Embora não sejam necessariamente minorias na população, esses grupos são historicamente sub-representados e excluídos socialmente.

Motivadas por programas de responsabilidade corporativa, pressões de diferentes stakeholders e até mesmo por questões econômicas, grandes corporações percebem benefícios ao comprar de fornecedores de diversidade, como melhoria no desempenho operacional, aumento de inovação, melhor relacionamento com clientes e consumidores e a possibilidade de se antecipar às mudanças demográficas. Para o fornecedor, os ganhos se refletem em aumento de oportunidades de negócios e maior possibilidade de inclusão social e econômica, com consequente impacto na sociedade.

Compras de fornecedores de diversidade não é um tema novo em países como Estados Unidos e Reino Unido, que introduziram a prática por questões regulatórias e para garantir igualdade, respectivamente. No Brasil, no entanto, a adoção da iniciativa é ainda incipiente. Pesquisa realizada pela autora desta coluna, coordenadora adjunta do Centro de Excelência em Logística e Supply Chain (FGVcelog) da FGV EAESP, e pela professora Maria José Tonelli, coordenadora do Núcleo de Organização e Pessoas (FGV NEOP) da mesma instituição, em parceria com a ONU Mulheres, em 2019, identificou que apenas 10% de uma amostra de 109 empresas tinham adotado ou estavam implementando a D&I nos seus processos de compras. A boa notícia é que, desde então, muitas empresas vêm aderindo à iniciativa e se associando a organizações intermediárias que realizam a conexão com fornecedores de diversidade.

Na prática, no entanto, a adoção de um programa de compras de fornecedores de diversidade ainda é mais um desejo do que uma realidade, mesmo para empresas que têm projetos nesse sentido há alguns anos. Os gastos com fornecedores de diversidade não têm aumentado conforme metas estabelecidas inicialmente. Para muitos dos compradores envolvidos no programa, apesar da intenção, é difícil encontrar fornecedores de diversidade prontos para atender aos requisitos mínimos estabelecidos pelas políticas internas das empresas. Na realidade, é possível identificar viés inconsciente e falta de confiança nesses fornecedores, que não fazem parte da base tradicional de fornecimento dessas grandes corporações. Ademais, a mentalidade tradicional da área de compras, focando redução de custos e ganhos no curto prazo, também acaba sendo uma nova barreira para a seleção de fornecedores, já que muitas empresas buscam apenas selecionar fornecedores que atendem a critérios econômicos, mas não buscam se adequar às mudanças exigidas no contexto externo.

Nossa pesquisa evidenciou que os fornecedores de diversidade entendem que programas como esse abrem portas para eles, mas não garantem a sua contratação. Ser certificado como um fornecedor de diversidade possui um alto custo, que não necessariamente reflete no crescimento do negócio. Além disso, muitos fornecedores são de pequeno porte e não têm faturamento mínimo para participar de programas de mentoria focados no seu desenvolvimento, o que os mantêm fora do círculo de fornecimento de grandes empresas, perpetuando a exclusão social.

Em um ambiente como o Brasil, caracterizado por forte desigualdade social e econômica, para efetivamente ser inclusiva, a empresa compradora precisa investir no desenvolvimento de fornecedores, sobretudo os pequenos, para que estejam aptos a se tornarem potenciais provedores. A mentalidade tradicional da área de compras, que prioriza grandes e conhecidos fornecedores, não reconhece a possibilidade de criação de valor e ganho de legitimidade na sociedade com essa conduta. Dessa forma, é imperativo que haja um processo de transformação para um ambiente mais inclusivo, que exige mudanças culturais e organizacionais e requer a conexão com outras organizações para estimular a redução da desigualdade. Nesse sentido, não basta ter como métrica apenas os gastos como fornecedores de diversidade, mas sim avaliar o quanto o programa é efetivamente capaz de reduzir a assimetria de poder e de informação entre as grandes corporações e os fornecedores de diversidade.

Para saber mais:

Priscila Laczynski de Souza Miguel e Maria José Tonelli. Supplier diversity for socially responsible purchasing: an empirical investigation in Brazil. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, n. ahead-of-print, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1108/IJPDLM-09-2021-0407

ONU Mulheres. Diversidade na cadeia de compras WEPS5, 2021. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2021/09/ONU_FGV_REV.pdf

CompartilharTweetarCompartilharEnviar

Conteúdo relacionado

Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã
Vídeos

Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã

7 de maio de 2025
Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável
Administração de empresas

Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável

5 de maio de 2025
Professora da FGV EAESP representa o Brasil no Comitê Executivo da BALAS
Notícias internas

Professora da FGV EAESP representa o Brasil no Comitê Executivo da BALAS

3 de maio de 2025

Conteúdo recente

Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã

Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã

7 de maio de 2025
Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável

Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável

5 de maio de 2025
Professora da FGV EAESP representa o Brasil no Comitê Executivo da BALAS

Professora da FGV EAESP representa o Brasil no Comitê Executivo da BALAS

3 de maio de 2025

Mais lidos

Redução da jornada de trabalho?

Redução da jornada de trabalho?

10 de abril de 2025
Ondas de calor: projeto aplicado propõe soluções para o Jardim Ibirapuera

Ondas de calor: projeto aplicado propõe soluções para o Jardim Ibirapuera

17 de abril de 2025
Empresas estatais devem ter lucro?

Empresas estatais devem ter lucro?

9 de fevereiro de 2023
Geografia do Pix: estudo revela padrões de uso e impacto do meio de pagamento no Brasil

Geografia do Pix: estudo revela padrões de uso e impacto do meio de pagamento no Brasil

21 de abril de 2025
Coopetição e Internacionalização de PMEs: Como Instituições Formais Apoiam a Expansão Global

Coopetição e Internacionalização de PMEs: Como Instituições Formais Apoiam a Expansão Global

9 de abril de 2025
#PodcastImpacto – Feminist Foreign Policy: liderança feminina e cultura política internacional

#PodcastImpacto – Feminist Foreign Policy: liderança feminina e cultura política internacional

10 de abril de 2025

Tags

administração de empresas administração pública bem estar coronavírus corrupção covid-19 diversidade educação empreendedorismo empresas ESG Estratégia FGVcemif FGV EAESP finanças gestão gestão de saúde gestão pública gênero inovação Inteligência Artificial liderança marketing mudanças climáticas mulheres negócios Notícias internas ODS3 ODS 3 ODS 8 ODS 9 ODS 16 organizações pandemia política pública políticas públicas saúde saúde de qualidade saúde pública supply chain SUS sustentabilidade tecnologia trabalho transparência
#podcast Impacto: A relação entre autonomia e desempenho de Defensorias Públicas na América Latina

Podcast Impacto

25 Episode
Subscribe
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Feminist Foreign Policy: liderança feminina e cultura política internacional

10 de abril de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: Intraempreendedorismo no setor público: inovação e inclusão social

13 de março de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: O fenômeno do encolhimento de cidades no Brasil

10 de fevereiro de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Relação da diversidade com os resultados financeiros das empresas

12 de dezembro de 2024
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Como a imigração forçada impacta a violência?

22 de novembro de 2024
Disseminação do conhecimento
Catálogo dos Centros de Estudos

As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Nenhum resultado
Ver todos os recultados
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast

-
00:00
00:00

Queue

Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00