• Sobre o Blog Impacto
  • FGV EAESP
  • FGV EAESP Pesquisa
  • Acontece
    • Notícias
    • Eventos
  • Para alunos
    • Serviços para alunos
    • Comunidade FGV
  • Para candidatos
  • Para empresas
    • Soluções para empresas
    • Clube de parceiros FGV
  • Alumni
  • Contato
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os recultados
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
Home Blog Gestão e Negócios

Vendendo o Almoço para Comprar o Jantar: Como a Falta de Tempo Sabota a Inovação

28 de março de 2025
Vendendo o Almoço para Comprar o Jantar: Como a Falta de Tempo Sabota a Inovação

Por: Eliza Albuquerque – Pós-graduanda do Doutorado Profissional em Administração da FGV EAESP

Garantir resultados no presente enquanto se constrói o futuro é essencial para líderes que buscam criar empresas sustentáveis em um mundo em constante transformação. Esse equilíbrio é conhecido como ambidestria organizacional. Embora o conceito de ambidestria seja estudado há mais de trinta anos, sua aplicação prática ainda é escassa. Muitas vezes, líderes e executivos adotam a estratégia de “vender o almoço para comprar o jantar” como um meio de sobrevivência diante das pressões cotidianas e dos incentivos de curto prazo.

Conteúdorelacionado

O Canvas Não Basta: o Verdadeiro Desafio da Estratégia

A Escola do Futuro Começa Com a Liderança do Presente

Como a Indústria 4.0 Está Revolucionando a Rastreabilidade de Alimentos

É comum ouvir executivos reclamarem sobre a falta de tempo para pensar, tornando ainda mais difícil a inovação. Isso revela a frustração com a abordagem de curto prazo, além de uma compreensão intuitiva de que ideias verdadeiramente inovadoras não surgem em jornadas de trabalho intermináveis, repletas de reuniões e e-mails. De fato, a ciência confirma essa intuição.

O comportamento ambidestro no nosso cérebro envolve, principalmente, duas redes neurais antagônicas, que não são ativadas simultaneamente, embora possam ser alternadas: a Rede Ativada por Tarefas (TPN – Task Positive Network) e a Rede de Modo Padrão (DMN – Default Mode Network). Uma rede neural pode ser explicada como um sistema integrado de regiões interconectadas do cérebro, que trabalha em conjunto para apoiar funções cognitivas e emocionais específicas. A TPN é importante para a resolução de problemas, foco e tomada de decisões. Enquanto a DMN desempenha papel central na autoconsciência emocional, na cognição social e na tomada de decisões éticas, está fortemente relacionada à nossa criatividade, fundamental para inovar e criar valor em longo prazo. Em termos cerebrais, a ativação constante da TPN, voltada para tarefas imediatas e problemas diários, suprime a atividade da DMN, dificultando a geração de novas ideias.

Embora a TPN possa ser operacionalmente eficiente, gerando bons resultados cognitivos e comportamentais na rotina do executivo, é um estado regido por regras, que pode não ser o melhor para refletir sobre problemas cuja solução não esteja disponível.Assim, é mais difícil desenvolver uma ideia inovadora enquanto se está imerso na resolução de problemas cotidianos. Muitas vezes, insights valiosos surgem quando a mente está em repouso ou distraída, como durante um banho, a preparação de uma refeição ou no trânsito. Isso ocorre porque a criatividade floresce quando o cérebro tem a oportunidade de ativar a DMN, encontrando tempo para divagar entre diversos pensamentos, aumentando a possibilidade de conexões inesperadas.Quando a DMN está no comando do nosso cérebro, estamos desprendidos do ambiente externo e focados no ambiente interno, o que promove conexões de longo alcance, permitindo ao cérebro a expansão do repertório cognitivo, unindo diferentes conceitos, imagens, experiências e produzindo novas ideais.

É fato que a qualidade das ideias está fortemente ligada ao repertório existente. No entanto, um repertório rico que não encontra as condições para ser expresso não permite ideias excepcionais. No contexto organizacional, frequentemente observamos que inovações verdadeiras são raras e as ideias são meramente copiadas. Esse padrão sugere que, mesmo com um bom repertório, muitas empresas acabam se contentando com soluções medianas em vez de buscar inovações disruptivas.

Para que uma empresa possa equilibrar resultados atuais e exploração de inovações radicais, é necessário adotar estruturas flexíveis, promover uma cultura de aprendizado contínuo e experimentação, além de estabelecer mecanismos de integração, que permitam tanto a execução de atividades exploratórias quanto a manutenção das operações diárias. O sucesso da ambidestria depende da capacidade da empresa de gerenciar recursos, processos e estruturas de modo a sustentar o desempenho a curto prazo e, ao mesmo tempo, garantir a adaptação para o futuro. É crucial garantir que os líderes tenham “espaço mental” suficiente para gerar e refletir sobre novas ideias, ao mesmo tempo em que identificam e superam barreiras à ambidestria organizacional.

Assim, a pressão por resultados imediatos e o ritmo acelerado das agendas executivas levantam uma questão fundamental: até que ponto essa pressão está comprometendo o potencial inovador das empresas? A resposta parece estar em uma gestão mais consciente do tempo e das prioridades. Liderar com ambidestria não significa realizar múltiplas tarefas simultaneamente, mas saber quando focar em diferentes aspectos da gestão. Esse equilíbrio é vital para liberar a criatividade necessária à inovação, enquanto se mantém a eficiência operacional.

Os líderes devem refletir sobre como estão gerenciando seu tempo e o da equipe. Estão criando as condições adequadas para que a inovação possa ocorrer de verdade, ou estão apenas lidando com as demandas urgentes do presente? A capacidade de cultivar uma mentalidade que valorize tanto a eficiência quanto a inovação será determinante para o sucesso das empresas na era moderna. A verdadeira liderança ambidestra exige não apenas a habilidade de resolver problemas imediatos, mas também o espaço e o tempo para fomentar a criatividade e a visão de futuro.

Texto originalmente publicado no blog Gestão e Negócios do Estadão, uma parceria entre a FGV EAESP e o Estadão, reproduzido na íntegra com autorização.

Os artigos publicados na coluna Blog Gestão e Negócios refletem exclusivamente a opinião de seus autores, não representando, necessariamente, a visão da Fundação Getulio Vargas ou do jornal Estadão.

CompartilharTweetarCompartilharEnviar

Conteúdo relacionado

O Canvas Não Basta: o Verdadeiro Desafio da Estratégia
Blog Gestão e Negócios

O Canvas Não Basta: o Verdadeiro Desafio da Estratégia

5 de julho de 2025
A Escola do Futuro Começa Com a Liderança do Presente
Blog Gestão e Negócios

A Escola do Futuro Começa Com a Liderança do Presente

2 de julho de 2025
Como a Indústria 4.0 Está Revolucionando a Rastreabilidade de Alimentos
Administração de empresas

Como a Indústria 4.0 Está Revolucionando a Rastreabilidade de Alimentos

1 de julho de 2025

Conteúdo recente

O Canvas Não Basta: o Verdadeiro Desafio da Estratégia

O Canvas Não Basta: o Verdadeiro Desafio da Estratégia

5 de julho de 2025
A Escola do Futuro Começa Com a Liderança do Presente

A Escola do Futuro Começa Com a Liderança do Presente

2 de julho de 2025
Como a Indústria 4.0 Está Revolucionando a Rastreabilidade de Alimentos

Como a Indústria 4.0 Está Revolucionando a Rastreabilidade de Alimentos

1 de julho de 2025

Mais lidos

Moedas Verdes e Solares no Brasil: Inovações Financeiras para Justiça Ambiental e Inclusão Energética

Moedas Verdes e Solares no Brasil: Inovações Financeiras para Justiça Ambiental e Inclusão Energética

24 de junho de 2025
FGV EAESP lança Relatório de Pesquisa 2025

FGV EAESP lança Relatório de Pesquisa 2025

3 de junho de 2025
Redução da jornada de trabalho?

Redução da jornada de trabalho?

10 de abril de 2025
Da ordem ao caos: como consumidores perdem o controle

Da ordem ao caos: como consumidores perdem o controle

26 de maio de 2025
#PodcastImpacto: Como a gestão municipal pode reduzir desigualdades educacionais?

#PodcastImpacto: Como a gestão municipal pode reduzir desigualdades educacionais?

12 de junho de 2025
Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades

Telhados que Trabalham: como superfícies urbanas podem melhorar a sustentabilidade das cidades

19 de maio de 2025

Tags

administração de empresas administração pública bem estar coronavírus corrupção covid-19 diversidade educação empreendedorismo empresas ESG Estratégia FGVcemif FGV EAESP finanças gestão gestão de saúde gestão pública gênero inovação Inteligência Artificial liderança marketing mudanças climáticas mulheres negócios Notícias internas ODS3 ODS 3 ODS 8 ODS 9 ODS 16 organizações pandemia política pública políticas públicas saúde saúde de qualidade saúde pública supply chain SUS sustentabilidade tecnologia trabalho transparência
#podcast Impacto: A relação entre autonomia e desempenho de Defensorias Públicas na América Latina

Podcast Impacto

26 Episode
Subscribe
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: Como a gestão municipal pode reduzir desigualdades educacionais?

12 de junho de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Feminist Foreign Policy: liderança feminina e cultura política internacional

10 de abril de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: Intraempreendedorismo no setor público: inovação e inclusão social

13 de março de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: O fenômeno do encolhimento de cidades no Brasil

10 de fevereiro de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Relação da diversidade com os resultados financeiros das empresas

12 de dezembro de 2024
Disseminação do conhecimento
Catálogo dos Centros de Estudos

As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Nenhum resultado
Ver todos os recultados
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast

-
00:00
00:00

Queue

Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00