Recentemente, a computação quântica tornou-se um dos principais focos de pesquisas no meio acadêmico. Milhões, ou até bilhões, de dólares sendo direcionados para essa tecnologia emergente. Com isso, ela promete transformar o mercado corporativo e a tecnologia como um todo. A computação quântica baseia-se em princípios que permitem processar informações de maneira radicalmente diferente dos computadores tradicionais. Computadores estão ocupando cada vez menos espaço, mas a computação quântica leva isso a um novo nível. Com isso, ela opera em dimensões onde as regras da física clássica já não se aplicam. Essa nova abordagem abre possibilidades inéditas para o processamento de dados e resolução de problemas complexos.
Os pesquisadores Eduardo de Rezende Francisco e Gustavo Mirapalheta, da FGV EAESP, juntamente com alunos do mestrado profissional, exploraram esses conceitos em um estudo publicado na “Revista de Estudos de Gestão, Informação e Tecnologia”. Assim, o trabalho investiga como a computação quântica pode superar as limitações da computação clássica e seu impacto potencial nas empresas e na transformação digital.
O estudo destaca que a chave para o poder computacional quântico está na capacidade de entrelaçar um número crescente de átomos. Isso dobra a capacidade computacional com cada átomo adicionado. Apesar de parecer distante do cotidiano, a expectativa é que, até 2025, cerca de 40% das grandes corporações estejam formando profissionais com esse conhecimento. Embora ainda no início, a computação quântica é reconhecida por exigir um novo conjunto de habilidades, incentivando empresas a priorizarem aprendizado e desenvolvimento nesta área.
A pesquisa sugere que a computação quântica está prestes a ser adotada em larga escala, com aplicações práticas para diversas indústrias.
Entre os benefícios esperados estão a resolução de problemas complexos de aprendizado de máquina, análises rápidas e integradas de grandes conjuntos de dados (Big Data), e avanços em inteligência artificial (IA).
A computação quântica tem o potencial de transformar significativamente várias áreas, incluindo descoberta de medicamentos, otimização de portfólios financeiros e aplicações em machine learning. Essa tecnologia disruptiva promete maximizar as capacidades de Big Data Analytics. Além disso, ela também pode se integrar de maneira fluida com a IA e a Internet das Coisas (IoT), impulsionando a transformação digital.
Os pesquisadores concluem que a habilidade de processar informações com desempenho superior começa a redefinir a maneira como as informações são processadas e utilizadas. Isso trará benefícios econômicos e sociais imprevisíveis, transformando a lógica econômica que tem impulsionado a produtividade nas últimas décadas.
A pesquisa conclui que a computação quântica representa uma disrupção significativa, exigindo que as empresas reavaliem suas estratégias e desenvolvam novas competências. Em suma, a computação quântica viabiliza um novo conjunto de tecnologias que, integradas à inteligência artificial e às capacidades de Big Data Analytics. Isso potencializa a transformação digital das organizações e da sociedade. À medida que essa tecnologia avança, uma nova geração de profissionais será necessária para aproveitar as oportunidades que a computação quântica traz. Em conclusão, seria a revolução da forma como vivemos e trabalhamos.
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