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Home Administração de empresas

Da ordem ao caos: como consumidores perdem o controle

26 de maio de 2025
Da ordem ao caos: como consumidores perdem o controle

Businesswoman feeling worried about financial debts and analyzing bills while working in the office.

Resumo da pesquisa

  1. Consumidores superendividados vivenciam uma trajetória de perda de controle sobre seus riscos financeiros, marcada por uma “espiral descendente”.
  2. O estudo identifica quatro dimensões nas narrativas do caos: abatimento emocional, desfazendo o mundo, vivendo a imediatez (prisão no presente imediato) e subsistência ameaçada.
  3. As consequências afetam profundamente a identidade, o bem-estar e a inclusão no consumo, reforçando estigmas e vulnerabilidades sociais.

Pesquisador(es):

Júlio C. Leandro

Delane Botelho

Em um mundo dominado pela incerteza e pela facilidade de acesso ao crédito, muitos consumidores se veem presos em uma trajetória que começa com pequenas dívidas e termina em colapso financeiro e emocional. O superendividamento – condição em que a pessoa não consegue mais arcar com suas obrigações financeiras básicas – se tornou um fenômeno crescente. Ele é agravado pelas dinâmicas econômicas pós-pandemia e pela normalização do crédito como solução para problemas cotidianos. Mas o que leva consumidores a perderem totalmente o controle sobre suas finanças (e sobre si mesmos)?

Essa questão é central no estudo “Da Ordem ao Caos: Como os Consumidores Perdem o Controle dos Riscos (e de Si Mesmos)”, publicado na prestigiada Journal of Consumer Research pelos pesquisadores Delane Botelho (FGV EAESP) e Júlio Leandro (Mackenzie; FGVcemif). A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa com base em entrevistas em profundidade com 37 consumidores superendividados. Eles são atendidos por um programa público brasileiro de apoio ao endividado. O estudo incluiu também observação participante em eventos e reuniões com instituições envolvidas com o tema.

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Os resultados revelam que o superendividamento não é apenas uma falha financeira, mas um processo social e psicológico que desestabiliza a identidade dos consumidores. Inicialmente motivados por necessidades legítimas – como manter o padrão de vida, enfrentar emergências médicas ou lidar com perdas de renda – os indivíduos começam acessando o crédito com a ilusão de controle. Contudo, eventos inesperados e fatores agravantes impulsionam uma transição do que os autores chamam de “estágio de ordem” para o “estágio de caos”.

Essa transição acontece por meio de uma espiral descendente com riscos crescentes, em que as dívidas se acumulam, a capacidade de gerenciar riscos se perde e o sofrimento se intensifica. Portanto os consumidores, como descreve um entrevistado, sentem-se como “num tsunami, tentando escapar em vão”.

A análise identificou quatro dimensões principais nas narrativas dos superendividados:

  1. Abatimento emocional – sentimentos de culpa, vergonha e desespero constantes.
  2. Desfazendo o mundo – quebra das rotinas, relações familiares e da própria estrutura de vida.
  3. Vivendo na imediatez – foco absoluto no presente, sem capacidade de planejar o futuro.
  4. Subsistência ameaçada – comprometimento total da renda, gerando risco de fome, despejo e exclusão social.

Consequências para a identidade e o bem-estar

A condição de superendividado carrega forte estigma social no Brasil, especialmente por meio da ideia de “nome sujo”. Esse rótulo, mais que uma restrição financeira, representa perda de status, respeito e pertencimento. A pesquisa mostra que, nesse processo, os consumidores internalizam culpa e fracasso, mesmo quando o endividamento decorre de fatores externos, como crises econômicas ou emergências familiares.

Além disso, o estudo desafia a ideia dominante de que a gestão de riscos é uma responsabilidade exclusivamente individual. Ao contrário, revela como fatores estruturais e simbólicos – como a pressão moral pela solvência e a naturalização do crédito – contribuem para o agravamento da vulnerabilidade dos consumidores. Em vez de apenas responsabilizar os indivíduos, os autores propõem a necessidade de políticas públicas mais empáticas com o cidadão. Por fim, também recomendam educação financeira realista e estratégias de intervenção que levem em conta a complexidade do fenômeno.

Leia o artigo na integra.

Nota: alguns artigos podem apresentar restrições de acesso.

Tags: créditodívidaidentidade do consumidorODS 1risco financeiroriscos crescentessuperendividamento
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