Foram necessários poucos meses para que o Pix, novo método de pagamento adotado pelo Banco Central do Brasil, caísse no gosto dos brasileiros. Em apenas 100 dias após a sua estreia, completados em fevereiro deste ano, quase todos os brasileiros (98,95%) já ouviram falar do novo método de pagamento e a maioria (77,65%) já havia cadastrado ao menos uma chave Pix em suas contas bancárias, revela um levantamento feito pelo Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (FGVcemif), da FGV EAESP.
O CPF foi a chave Pix favorita para cadastro entre os entrevistados, seguido pelo número de celular, email e chaves numéricas aleatórias. O levantamento, que considerou uma participação expressiva da classe CDE, que representou 75% do total das respostas, também demonstrou que a utilização do Pix se deu especialmente para as transferências entre pessoas físicas (79%) e o pagamento de serviços (55%). A princípio, o custo ainda não é o motivador mais expressivo do uso do Pix. As razões mais citadas para a utilização do novo formato de pagamentos foram a facilidade e a rapidez das transferências.
Com o conhecimento do novo método de pagamento e a maior adoção do Pix pela população brasileira, os próximos desafios estão relacionados com a integração do Pix nas atividades financeiras cotidianas, explica Adrian Kemmer Cernev, um dos autores do estudo. “Um importante desafio atual é tornar o sistema Pix relevante para todos os agentes econômicos, muito além das instituições ofertantes, como bancos tradicionais, fintechs e outras instituições financeiras”, pondera. Para o pesquisador, que é professor do FGVcemif, varejo físico e comércio eletrônico ainda precisam avançar na integração dessa nova modalidade de pagamento em seus sistemas.
Confira o estudo na íntegra.