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Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
Home Administração pública

Como a liderança feminina na política pode salvar a vida de mulheres

9 de junho de 2025
Como a liderança feminina na política pode salvar a vida de mulheres

Businesswomen looking at speaker with papers. Group of professional multiethnic businesswomen looking at leader during meeting in office. Women in business concept

Resumo da pesquisa

  1. Municípios com prefeitas registram, em média, 1,33 mortes por suicídio a menos por 100 mil habitantes entre mulheres casadas.
  2. O grupo de mulheres casadas é fortemente afetado por normas sociais que frequentemente geram contextos familiares desiguais.
  3. A presença de líderes mulheres na política desafia padrões culturais e pode melhorar significativamente indicadores de saúde pública.

Pesquisador(es):

Gabriela Gerote Arvate

Paulo Arvate 

Adriano Massuda

Raffael Massuda

Rifat Atun

A presença de mulheres em cargos de liderança tem o potencial de transformar não apenas as políticas públicas, mas também a percepção que outras mulheres têm de si mesmas e de suas possibilidades. Esse efeito vai além do simbolismo: ele pode refletir diretamente na saúde e no bem-estar feminino.

Em sociedades marcadas por normas sociais rígidas e fortes pressões familiares — especialmente no caso de mulheres casadas — o risco de sofrimento emocional severo tende a aumentar. O suicídio, ainda que seja um fenômeno complexo e delicado, é influenciado por fatores sociais e culturais — e, como revela este estudo, também pode ser afetado pela liderança política.

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A pesquisa mostra que a eleição de prefeitas está associada a uma redução significativa nas taxas de suicídio entre mulheres casadas: 1,33 mortes a menos por 100 mil habitantes, em uma população cuja média é de cerca de 5 por 100 mil. Embora esse número pareça modesto, representa um impacto relevante em termos de saúde pública. Notavelmente, o efeito foi observado exclusivamente entre mulheres casadas — não se repetindo entre solteiras, viúvas ou outros grupos por faixa etária e classe social.

Segundo os autores, esse resultado pode ser explicado pela ideia de “modelos inspiradores”. Quando uma mulher assume um cargo de liderança política — historicamente dominado por homens — ela se torna uma referência concreta de superação e transformação. Isso pode levar outras mulheres a reavaliar seus próprios papéis, fortalecer sua autoestima, buscar maior autonomia e, assim, enfrentar melhor contextos adversos.

O estudo foi conduzido por Gabriela Gerote Arvate, Paulo Arvate e Adriano Massuda (FGV EAESP), Raffael Massuda e Rifat Atun, e publicado na revista Frontiers in Public Health. Com base em dados das eleições municipais brasileiras entre 2004 e 2012, os pesquisadores utilizaram a metodologia de regressão descontínua, uma técnica quase-experimental que permite estimar efeitos causais. Foram comparados municípios em que mulheres e homens venceram eleições por margens muito apertadas, o que possibilitou isolar o impacto da eleição de uma prefeita, eliminando a influência de outras variáveis como perfil dos candidatos ou características locais. As informações sobre suicídios foram cruzadas com dados do Ministério da Saúde para o mesmo período.

Implicações sociais e para políticas públicas

As conclusões da pesquisa são poderosas: o empoderamento feminino em espaços tradicionalmente masculinos pode salvar vidas. Em muitos contextos — inclusive em regiões do Brasil — mulheres casadas ainda vivem sob fortes restrições sociais, o que contribui para vulnerabilidades emocionais e psicológicas. Nesse cenário, a figura de uma prefeita pode representar a possibilidade concreta de mudança, mesmo dentro de estruturas opressoras.

Além disso, os resultados reforçam um corpo crescente de evidências que demonstram o impacto positivo da representatividade feminina sobre indicadores de saúde. Trata-se de um chamado claro para que governos e instituições invistam em políticas de inclusão e promoção da liderança feminina — não apenas por questões de equidade, mas também como uma estratégia eficaz de saúde pública.

A presença de mulheres na política fortalece a democracia, amplia a representatividade e produz efeitos mensuráveis na vida de outras mulheres. Ao ocuparem posições de poder, prefeitas tornam-se símbolos de que é possível romper barreiras e trilhar caminhos de superação.

Por fim, a pesquisa evidencia que promover o empoderamento feminino não é apenas uma pauta de justiça social — é uma política de saúde pública e um caminho para o desenvolvimento sustentável.

Leia o artigo na integra.

Nota: alguns artigos podem apresentar restrições de acesso.

Tags: desigualdade de gêneroempoderamentoliderança femininamodelos inspiradoresmulheres casadasnormas sociaisODS 3política públicasaúde mentalsuicídio
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