As plataformas de participação eletrônica se tornaram uma oportunidade de criar espaços de participação e colaboração entre governos e cidadãos.
Para investigar o papel do poder em plataformas formais de participação eletrônica (também conhecidas como plataformas de e-participação) e em espaços digitais controlados pelo governo, pesquisadores examinaram com detalhe a participação dos cidadãos brasileiros em três plataformas de mobilidade urbana de três grandes cidades do país.
Além de colaborar com os estudos sobre plataformas de e-participação, explicando como uma visão relacional de poder ajuda a compreender a natureza e as consequências da participação cidadã na formulação de políticas públicas, as autoras do estudo, dentre os quais estão pesquisadoras da FGV EAESP, propõem a integração do conceito de recursos como fonte e elemento constitutivo do poder relacional.
Ainda que estas plataformas de participação eletrônica tenham se tornado mais presentes em diferentes países, elas muitas vezes são criticadas por frequentemente levarem à falta ou diminuição do engajamento dos cidadãos. “Propomos uma visão que examina como o poder está relacionado ao uso de recursos na prática”, refletem as autoras.