Em publicação recente no blog Estadão, o professor da FGV EAESP, Eduardo de Rezende Francisco, em co-autoria com Rubens de Almeida, defendeu que diante de uma situação mundial sem precedentes causada pela pandemia de Covid-19, é preciso MEDIR para então AGIR, de forma a saber como combater os desafios causados por essa situação.
“O instrumento historicamente mais adequado, e decenalmente esperado, para MEDIR inúmeros aspectos da realidade brasileira, de suas pessoas, organizadas em famílias e domicílios, dotadas de situações econômicas, de moradia, de trabalho, fecundidade, natalidade, mortalidade, nupcialidade, posse de bens duráveis, saúde, educação, mobilidade, entre muitos outros aspectos, é o Censo Demográfico”, explicam os autores.
Eles destacam que o Censo é a principal informação que o governo utiliza para planejar o país, auxiliando na definição de como distribuir corretamente recursos de educação básica, saúde, segurança, entre outros, da União para os governos municipais.
“Estamos em plena pandemia. O prejuízo e o risco de disseminação do Covid-19 fez-nos decidir sabiamente, no primeiro semestre de 2020, pelo adiamento do Censo para 2021. Teríamos tempo de repensar, com calma, sua aplicação, um ano depois, reconsiderando muito do que já havia sido discutido, buscando um consenso entre a visão pragmática, reducionista, e a visão técnica, calcada em experiência e reputação internacionais”, defendem.
A reflexão proposta pelos autores, que questiona se é necessário mesmo exigir a realização do censo ainda em 2021, pode ser conferida na íntegra no blog Gestão, Política & Sociedade no Estadão.