[versão beta]
  • Sobre o Blog Impacto
  • FGV EAESP
  • FGV EAESP Pesquisa
  • Acontece
    • Notícias
    • Eventos
  • Para alunos
    • Serviços para alunos
    • Comunidade FGV
  • Para candidatos
  • Para empresas
    • Soluções para empresas
    • Clube de parceiros FGV
  • Alumni
  • Contato
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os recultados
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
Home Administração pública

Só um em cada três profissionais de saúde diz ter sido testado para Covid-19

30 de julho de 2020
Só um em cada três profissionais de saúde diz ter sido testado para Covid-19

FOTO: TAI'S CAPTURES / UNSPLASH

Resumo da pesquisa

  • Metade dos profissionais continua sem receber Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
  • Mais de 80% dos profissionais de saúde têm algum colega que se contaminou com a doença
  • 70% dos profissionais de saúde ainda não se sentem preparados para lidar com a Covid-19

Pesquisador(es):

Gabriela Lotta, Michelle Fernandez, Marcela Garcia Corrêa, Giordano Magri, Claudio Aliberti de Campos Mello, Amanda Lui Beck

Medida importante para conter a disseminação do novo coronavírus, a testagem não tem sido aplicada nem mesmo em profissionais na linha de frente na pandemia. Apenas 35,2% dos profissionais de saúde dizem ter sido testados para Covid-19. Até junho, metade destes profissionais continua sem receber Equipamentos de Proteção Individual (EPI), essenciais para sua proteção durante o trabalho. Os dados são de pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da FGV EAESP.

Em sua segunda fase, a pesquisa “A pandemia de COVID-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil” realizou um survey  com 2.138 profissionais da saúde pública, de todos os níveis de atenção e regiões do país entre os dias 15 de junho e 1º de julho. Na amostra, 40% eram agentes comunitários e agentes de controle de endemia, 20,8% profissionais de enfermagem, 14,7% médicos e 23,8%, outros profissionais da saúde. Os pesquisadores queriam avaliar o impacto do avanço da pandemia entre esses profissionais diante de um cenário de reabertura precipitada das atividades não essenciais em várias cidades. A primeira fase, realizada em abril de 2020, conseguiu capturar o cenário de impacto inicial da pandemia coletando informações de 1.456 profissionais de saúde de todo o Brasil. Além de ampliar a amostra, nesta segunda etapa os pesquisadores adicionaram ao questionário perguntas relacionadas à saúde mental, assédio moral e testagem destes profissionais.

Conteúdorelacionado

Como a capacidade de governança influenciou a resposta à COVID-19 nos países em desenvolvimento

Estudo avalia aumento da procura de doação de sangue com incentivo de vale-transporte

Enfrentando o futuro incerto: aprendizado e colaboração em tempos de crise

Em média, 30% dos profissionais de saúde alegaram sofrer práticas de assédio moral durante a pandemia. Para 78,2%, sua saúde mental foi afetada durante o período, sendo que apenas 20% afirmaram receber algum tipo de apoio do Estado para lidar com estes problemas. Segundo a Gabriela Lotta, coordenadora da pesquisa, as condições de saúde destes profissionais podem estar relacionadas à falta de suporte e recursos por parte do Estado. “A falta de suporte cria uma situação muito tensa de trabalho, na qual prevalecem o medo e o sentimento de despreparo. Uma das consequências é o aumento dos problemas de saúde mental destes profissionais, além do adoecimento, afastamento do trabalho e morte”, comenta a pesquisadora.

Falta de preparo ainda preocupa

Passados dois meses da primeira fase da pesquisa, a taxa de profissionais da saúde com medo de contrair a Covid-19 continua estável. O índice de agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemia que sente medo da doença chega a 89%, enquanto atinge 83% dos profissionais da enfermagem, 79% dos médicos e 86% dos outros profissionais das equipes ampliadas de saúde. A percentagem de profissionais de saúde que relataram ter algum colega que se contaminou com a doença passou de 55% para 80% nesta segunda fase da pesquisa.

O nível de treinamento dos profissionais de saúde aumentou 10%, passando de 21,91% para 32,2%, englobando médicos e técnicos de enfermagem. Ainda assim, o índice continua sendo bem baixo. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemia parecem ser os profissionais menos atendidos em termos de equipamentos e treinamento. Em junho, apenas 32% destes profissionais apontaram ter recebido EPIs. Houve uma pequena melhora com relação ao cenário anterior, já que em abril apenas 19,65% dos agentes comunitários relataram receber esse tipo de equipamento.

Para Gabriela Lotta, “é irônico pensar que, enquanto em vários estados os cidadãos são agora obrigados a usar EPI, há profissionais de saúde atuando em nome do Estado que não recebem equipamentos. Isso coloca em risco a vida deles e a nossa, já que eles podem ser vetores de transmissão da doença”.

Embora haja uma variação entre profissionais e regiões, em média, 70% dos profissionais da saúde não se sente preparado para lidar com a crise da Covid-19, número bastante expressivo dado o avanço da pandemia, segundo avalia a pesquisadora Gabriela Lotta. “Esperávamos encontrar um cenário melhor depois de quatro meses de pandemia, mas a pesquisa mostra que os profissionais de saúde continuam numa situação de vulnerabilidade”. Na primeira fase da pesquisa, 64,97% dos profissionais da saúde entrevistados diziam não se sentir preparados para lidar com o cenário, o que demonstra que pouca coisa mudou.

O cenário de falta de preparo dos profissionais é preocupante, segundo avalia Michelle Fernandez, professora da UnB e pesquisadora do NEB. “Os profissionais de saúde estão desprotegidos na realização de suas atividades laborais. Sem treinamento suficiente para atuar na pandemia e sem acesso a testes, colocam em risco a sua própria vida para ajudar pessoas infectadas pela Covid-19. Somado a isso está a falta de apoio dos governos. São soldados lutando desarmados em uma guerra perdida”, afirma Michelle Fernandez, professora da UnB e pesquisadora do NEB.

A percepção sobre a falta de suporte governamental continua estável em mais de 50% dos profissionais. A falta de apoio do governo federal sentida pelos profissionais aumentou. Em abril, 67% diziam não sentir que o governo federal os apoia, enquanto que, em junho, já são 78%. O índice é muito maior ao de profissionais que sentem falta de suporte governamental do governo municipal, que chega 58%.

A alteração da rotina por causa da crise do coronavírus tem sido mais percebida pelos profissionais de saúde em relação aos relatos de abril. O índice de profissionais que responderam que a crise alterou suas rotinas, com mudança de rotina, de procedimentos, introdução de novas tecnologias, distanciamento físico, passou de 75% em abril para 95% em junho.

Segundo Michelle, os dados mostram que a crise sanitária imposta pela Covid-19 vai além da doença. “As novas formas de interação entre os profissionais e os usuários dos serviços de saúde imprimem um distanciamento que impacta, inclusive, na qualidade do serviço prestado ao cidadão. Na atenção primária, onde existe uma relação próxima e cotidiana entre profissionais e usuários dos serviços de saúde, o distanciamento é ainda mais sentido”, completa a pesquisadora.

Confira o relatório completo aqui.

 

Fonte: Agência Bori

 

Tags: covid-19NEBpandemiaprofissionais da saúdesaúde
CompartilharTweetarCompartilharEnviar

Conteúdo relacionado

Como a capacidade de governança influenciou a resposta à COVID-19 nos países em desenvolvimento
Administração pública

Como a capacidade de governança influenciou a resposta à COVID-19 nos países em desenvolvimento

14 de abril de 2025
Estudo avalia aumento da procura de doação de sangue com incentivo de vale-transporte
Administração pública

Estudo avalia aumento da procura de doação de sangue com incentivo de vale-transporte

29 de agosto de 2024
Enfrentando o futuro incerto: aprendizado e colaboração em tempos de crise
Administração de empresas

Enfrentando o futuro incerto: aprendizado e colaboração em tempos de crise

10 de julho de 2024

Conteúdo recente

A Psicologia da Fidelização Dos Clientes

A Psicologia da Fidelização Dos Clientes

9 de maio de 2025
Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã

Pesquisa de Impacto: Educação Financeira na aldeia Kamakã

7 de maio de 2025
Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável

Laboratórios Vivos de Agricultura: Inovação Aberta para um Futuro Sustentável

5 de maio de 2025

Mais lidos

Ondas de calor: projeto aplicado propõe soluções para o Jardim Ibirapuera

Ondas de calor: projeto aplicado propõe soluções para o Jardim Ibirapuera

17 de abril de 2025
Redução da jornada de trabalho?

Redução da jornada de trabalho?

10 de abril de 2025
Empresas estatais devem ter lucro?

Empresas estatais devem ter lucro?

9 de fevereiro de 2023
Geografia do Pix: estudo revela padrões de uso e impacto do meio de pagamento no Brasil

Geografia do Pix: estudo revela padrões de uso e impacto do meio de pagamento no Brasil

21 de abril de 2025
Corrupção: Entenda as Abordagens Teóricas e Estratégias de Controle

Corrupção: Entenda as Abordagens Teóricas e Estratégias de Controle

24 de abril de 2025
Indisciplina no Ensino Superior em Tempos de IA: Para Onde Correremos?

Indisciplina no Ensino Superior em Tempos de IA: Para Onde Correremos?

29 de abril de 2025

Tags

administração de empresas administração pública bem estar coronavírus corrupção covid-19 diversidade educação empreendedorismo empresas ESG Estratégia FGVcemif FGV EAESP finanças gestão gestão de saúde gestão pública gênero inovação Inteligência Artificial liderança marketing mudanças climáticas mulheres negócios Notícias internas ODS3 ODS 3 ODS 8 ODS 9 ODS 16 organizações pandemia política pública políticas públicas saúde saúde de qualidade saúde pública supply chain SUS sustentabilidade tecnologia trabalho transparência
#podcast Impacto: A relação entre autonomia e desempenho de Defensorias Públicas na América Latina

Podcast Impacto

25 Episode
Subscribe
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Feminist Foreign Policy: liderança feminina e cultura política internacional

10 de abril de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: Intraempreendedorismo no setor público: inovação e inclusão social

13 de março de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto: O fenômeno do encolhimento de cidades no Brasil

10 de fevereiro de 2025
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Relação da diversidade com os resultados financeiros das empresas

12 de dezembro de 2024
  • Add to Queue
  • Share
    Facebook Twitter Linked In WhatsApp

#PodcastImpacto – Como a imigração forçada impacta a violência?

22 de novembro de 2024
Disseminação do conhecimento
Catálogo dos Centros de Estudos

As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Nenhum resultado
Ver todos os recultados
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Notícias
  • Colunas
    • Blog Impacto
    • Blog Gestão e Negócios
  • Vídeos
  • Podcast

-
00:00
00:00

Queue

Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00