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Finanças sustentáveis e diagnóstico organizacional: dois pilares para competitividade e longevidade empresarial

18 de março de 2025
Finanças sustentáveis e diagnóstico organizacional: dois pilares para competitividade e longevidade empresarial

Por Gabriela Avancini Rodrigues, pós-graduanda do Doutorado Profissional em Administração da FGV EAESP e especialista em estratégia e produtos bancários.

 

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Em um cenário empresarial cada vez mais dinâmico e focado em resultados, entender os fatores que impactam o desempenho organizacional é crucial para gestores que buscam manter suas empresas competitivas. A crescente preocupação com questões ambientais e sociais aumentou a pressão do mercado para que as organizações se adaptem à nova realidade. Para equilibrar resultados financeiros com responsabilidade socioambiental, é fundamental realizar um diagnóstico organizacional que considere as particularidades de cada empresa e foque na sustentabilidade de longo prazo.

Uma das maneiras mais comuns de unir finanças com responsabilidade socioambiental é através das finanças sustentáveis. Finanças Sustentáveis referem-se à integração de critérios ambientais, sociais e de governança às decisões financeiras tomadas nas empresas. O conceito relaciona-se à capacidade de uma organização se manter competitiva ao longo do tempo, garantindo não apenas sua sobrevivência, mas também seu crescimento futuro. Para isso, as empresas devem avaliar tanto os impactos ambientais e sociais de suas atividades quanto implementar uma governança eficaz que alinhe toda a organização com esses objetivos. É nesse contexto que os critérios ESG (Environmental, Social, Governance) se tornaram essenciais nas discussões sobre finanças sustentáveis.

As empresas buscam maximizar os resultados financeiros e o retorno para seus acionistas. Mas é possível equilibrar esse foco com as práticas ESG? É importante analisar o negócio de forma completa, avaliando desde a cultura organizacional até sistemas, processos e práticas de gestão. Essa avaliação deve incluir tanto o ambiente externo quanto o interno.

O primeiro passo para alinhar as práticas ESG bons resultados é definir claramente os objetivos de longo prazo da empresa: aonde ela quer chegar e em quanto tempo. Um diagnóstico organizacional bem-feito permite identificar a distância entre o estado atual da empresa e suas metas. O segundo passo consiste em entender a materialidade do negócio, ou seja, o que é relevante para os acionistas ou investidores. Sabendo o que é material de fato e tendo o objetivo de longo prazo definido, o diagnóstico organizacional irá te apoiar a identificar as melhores práticas a serem incorporadas às estratégias de negócios. Isso garante que as decisões sejam equilibradas, sustentáveis e mantenham a competitividade no longo prazo.

Diversos métodos podem ser aplicados para um diagnóstico organizacional, como a tradicional análise SWOT (Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A Microsoft, por exemplo, uniu fatores externos e internos. Externamente, identificou o risco de regulamentações ambientais mais rígidas impactarem seus resultados financeiros, enquanto internamente reconheceu uma alta dependência de energia, tornando a energia um aspecto material para a empresa. Ao combinar esses fatores, a empresa encontrou oportunidades para reduzir emissões de carbono e melhorar a eficiência energética, mantendo sua liderança no setor de tecnologia e assegurando bons resultados financeiros.

Uma análise organizacional cuidadosa, que avalia o ambiente externo e os atributos internos da organização, permite identificar oportunidades únicas, evitando a simples imitação de concorrentes. Imitar concorrentes não garante necessariamente bons resultados. A prática de conquistar uma vantagem competitiva temporária, que logo é copiada, não deve ser o foco em sustentabilidade.

O exemplo da Coca-Cola e da PepsiCo é significativo. Enquanto a Coca-Cola focou em reduzir o uso de água para garantir a sustentabilidade de suas operações, a PepsiCo adotou uma abordagem mais ampla, promovendo a agricultura sustentável por meio do programa Sustainable Farming Initiative, que apoia agricultores a aumentar a produtividade e reduzir o impacto ambiental. A Coca-Cola identificou a escassez de água como uma ameaça direta e estabeleceu metas ambiciosas, como devolver 100% da água utilizada em suas operações. Já a PepsiCo, que atua tanto no mercado de bebidas quanto no de alimentos, identificou que a escassez de grãos poderia prejudicar seus resultados e, por isso, desenvolveu práticas para apoiar a sustentabilidade agrícola.

Esses exemplos demonstram como temas de sustentabilidade podem se tornar poderosas estratégias de inovação e garantir a longevidade das empresas, mesmo em mercados altamente competitivos. As duas empresas entenderam que alinhar sustentabilidade aos objetivos de negócios não só fortalece suas posições no mercado, como também as prepara para enfrentar desafios futuros. Ao fazê-lo, mostraram que é possível atender à demanda de criação de valor para acionistas por meio do uso consistente de práticas ESG.

Porém, não basta identificar a oportunidade, é necessário colocá-la em prática. Após identificar a oportunidade, é fundamental que os gestores descubram como a empresa pode se adaptar de forma eficiente para absorver essas mudanças. Caso contrário, o resultado financeiro esperado pode ser reduzido.

Portanto, sim, é possível aplicar práticas sustentáveis ao mesmo tempo em que se melhoram os resultados financeiros. Integrar as práticas ESG de forma alinhada com os objetivos financeiros de longo prazo permite às empresas transformar desafios em oportunidades de inovação e crescimento. Para que as empresas sigam esse caminho e se destaquem, seus gestores precisam adotar uma visão estratégica integrada e identificar o que é material para a organização, ou seja, os aspectos ambientais, sociais e de governança que mais impactam o sucesso do negócio, focando nas áreas que realmente geram valor. Ao analisar o negócio como um todo, as empresas conseguem não só proteger-se contra riscos futuros, mas também criar novas oportunidades de prosperidade em mercados cada vez mais exigentes. Esse é o caminho para transformar as demandas ESG em vantagens competitivas reais, promovendo um ciclo virtuoso de criação de valor.

___

Texto originalmente publicado no blog Gestão e Negócios do Estadão, uma parceria entre a FGV EAESP e o Estadão, reproduzido na íntegra com autorização.

Os artigos publicados na coluna Blog Gestão e Negócios refletem exclusivamente a opinião de seus autores, não representando, necessariamente, a visão da Fundação Getulio Vargas ou do jornal Estadão.

Tags: administração de empresasbancoscompetitividade empresarialESGEstratégiafinanças sustentáveis
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