[versão beta]
  • Sobre o Blog Impacto
  • FGV EAESP
  • FGV EAESP Pesquisa
  • Acontece
    • Notícias
    • Eventos
  • Para alunos
    • Serviços para alunos
    • Comunidade FGV
  • Para candidatos
  • Para empresas
    • Soluções para empresas
    • Clube de parceiros FGV
  • Alumni
  • Contato
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Análise
  • Colunas
  • Vídeos
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os recultados
Blog Impacto - FGV EAESP Pesquisa
Home Administração pública

Maioria dos profissionais da assistência social temem o novo coronavírus

9 de junho de 2020
Maioria dos profissionais da assistência social temem o novo coronavírus

FOTO: MATHEUS FERRERO / UNSPLASH

Resumo da pesquisa

  • Estudo da Fundação Getulio Vargas realizou survey online com 439 profissionais que atuam na “linha de frente” de serviços de assistência social de todas as regiões do país
  • Pesquisa revela que a maioria dos profissionais da assistência social não se sente preparado para lidar com a doença
  • Levantamento também aponta que 43,5% dos profissionais conhecem alguém que se contaminou ou foi diagnosticado com suspeita de Covid-19

Pesquisador(es):

Gabriela Lotta, Giordano Magri, Débora Dossiatti de Lima, Fernanda Lima-Silva, Marcela Corrêa, Amanda Beck

O crescimento da disseminação do novo coronavírus no país evidencia que seus efeitos são expressivos e heterogêneos, com consequências devastadoras para populações que moram em áreas urbanas mais pobres e densamente povoadas, já expostas à maior vulnerabilidade social. Esse é também o perfil da maior parte das famílias atendidas pela política de assistência social. Neste cenário, a área da assistência social adquire papel estratégico para minimizar os danos da crise entre os mais pobres, viabilizando medidas econômicas e sociais coerentes com esse segmento populacional. Diante disso e da emergência de relatos de mortes e afastamentos de trabalhadores da rede socioassistencial por conta da Covid-19, vem crescendo a preocupação com os profissionais desta área que atuam na “linha de frente” do combate à pandemia.

Para tentar compreender o impacto da Covid-19 sobre as profissionais da linha de frente da assistência social, o Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da FGV EAESP, realizou a pesquisa “A pandemia de Covid-19 e os profissionais da assistência social no Brasil”. O survey online foi realizado com 439 trabalhadores de todas as regiões do Brasil, entre os dias 15 de abril e 1º de maio de 2020.

Conteúdorelacionado

Executivos devem apostar no regime híbrido para engajar colaboradores no pós-pandemia

No combate à pandemia, municípios brasileiros driblaram limitações de recursos com gestão compartilhada

Edição especial e webinar debatem o futuro do federalismo brasileiro

Dos 439 respondentes, 85,88% são mulheres, 12,76% homens e 1,37% preferiram não declarar. Quanto ao tempo de atuação, 34,17% do total de respondentes atua há pelo menos 10 anos na área socioassistencial. No que se refere ao perfil da amostra, há uma concentração de respondentes que atuam na região Sudeste do país (53,99%), com destaque ao estado de São Paulo que sozinho computa mais da metade de todos os participantes.

Em média, 61,5% dos profissionais entrevistados não se sentem preparados para lidar com a crise da Covid-19. Apenas 12,8% se sentem preparados e o resto não sabe responder. Os resultados também indicam que o medo é um sentimento comum entre esses profissionais. Segundo os dados coletados, 90,66% dos profissionais sentem medo da doença e 43,5% deles conhecem amigos ou colegas que já se contaminaram com a doença. Além do medo de contaminação da doença, os profissionais sentem receio de levar o coronavírus para dentro de casa.

“A pesquisa mostra que alguns profissionais da assistência, como os que atuam em serviços de acolhimento, precisam continuar na ativa, em um trabalho que é eminentemente interativo e que está, portanto, mais sujeito ao contágio. Além disso, indica que serviços socioassistenciais de atendimento com baixa complexidade estão com atividades presenciais suspensas ou reduzidas. Tudo isso aumenta o medo desses profissionais e a preocupação com a população de maior vulnerabilidade, que vem enfrentando dificuldades socioeconômicas adicionais com a pandemia” avalia Gabriela Lotta, professora da EAESP FGV, coordenadora do NEB e pesquisadora do Centro de Estudos da Metrópole.

EPI, suporte e treinamento

De acordo com o estudo, a sensação de medo e de despreparo podem ser explicados por outros indicadores do questionário, como a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPIs), o suporte governamental e o acesso a treinamentos. Apenas 38,5% dos profissionais apontam ter recebido EPI, com uma variação entre as regiões, se destacando positivamente a região Nordeste, onde 51,78% dos profissionais receberam equipamentos, em contraposição à região Norte, onde o indicador chega a 33,33%.

Com relação ao suporte governamental, mais da metade dos entrevistados (66,51%) afirmam não sentir que o governo federal os apoia. Já os governos subnacionais são vistos de forma ligeiramente mais positiva: 55,35% e 50,57% dos respondentes sentem que, respectivamente, governos estaduais e governos municipais realizam ações para proteger os profissionais da assistência social. Sobre ao apoio direto de seus superiores, 41,46% dizem não sentir esse suporte e 54,67% disseram ter recebido instruções das chefias sobre como atuar diante da crise.

A grande maioria afirma não ter recebido orientações ou ações oficiais de formação. Apenas 12,98% relatam ter recebido treinamento para lidar com o coronavírus, se destacando de forma positiva a região Nordeste, onde 37,5% dos profissionais disseram ter participado de treinamentos, em contraposição à região Norte, onde nenhum respondente respondeu positivamente.

“O surgimento da Covid-19 agravou ainda mais as dificuldades de atendimento da população vulnerável. Os profissionais que trabalham na entrega dos serviços socioassistenciais vêm se deparando com orientações difusas, recursos e EPIs restritos. Além do quadro de funcionários já ser tradicionalmente baixo, alguns profissionais estão de licença por integrarem grupos vulneráveis ou por estarem contaminados ou com sintomas do coronavírus. Outros serviços, principalmente os de baixa complexidade, estão com atividades presenciais suspensas ou bastante alteradas. Tem sido cada dia mais difícil manter a qualidade do trabalho e o atendimento aos usuários dos serviços”, afirma Fernanda Lima, pesquisadora do NEB.

Distanciamento na relação com usuários

O estudo também analisou em que medida a crise alterou os processos de trabalho e as interações entre os profissionais da assistência social e os cidadãos. 63,46% dos respondentes relatam que a dinâmica de trabalhou foi alterada com a pandemia, havendo relatos recorrentes de atendimento à distância, trabalho em escala, redução ou suspensão dos atendimentos. E 74,26% dos respondentes afirmaram que mudaram as interações com os usuários dos serviços. Segundo uma das respondentes, psicóloga que atua na área socioassistencial, o cotidiano passou a ser permeado pelo medo, “pois o trabalho exige contato muito próximo”.

Entre as principais mudanças relatadas estão a realização de atendimentos presenciais com distanciamento físico, atendimentos remotos (online ou telefone), suspensos ou reduzidos. Também apontam como alteração importante a emergência de impactos emocionais negativos, como medo, frustração e preocupação na relação com os usuários.

“Essa situação acaba trazendo também consequências muito ruins para a qualidade do atendimento. A relação com os usuários, que pelas normativas da política deve almejar a construção de vínculos e o acesso a outras políticas públicas, se transforma. Se tradicionalmente foi pautada pela relação presencial, ela se reduz ou se metamorfoseia e assume um caráter presencial, mas sem contato físico, ou um caráter puramente remoto e virtual”, afirma Giordano Magri, pesquisador do NEB que também coordenou a pesquisa.

 

Confira o relatório completo aqui.

 

Fonte: Agência Bori

 

Tags: assistência socialassistentes sociaiscoronavíruscovil-19NEBpandemia
Compartilhar303TweetarCompartilharEnviar

Conteúdo relacionado

Executivos devem apostar no regime híbrido para engajar colaboradores no pós-pandemia
Estudos organizacionais

Executivos devem apostar no regime híbrido para engajar colaboradores no pós-pandemia

27 de junho de 2022
No combate à pandemia, municípios brasileiros driblaram limitações de recursos com gestão compartilhada
Gestão pública

No combate à pandemia, municípios brasileiros driblaram limitações de recursos com gestão compartilhada

24 de junho de 2022
Edição especial e webinar debatem o futuro do federalismo brasileiro
Administração pública

Edição especial e webinar debatem o futuro do federalismo brasileiro

24 de maio de 2022

Conteúdo recente

ESG na prática: para real impacto, estratégias empresariais devem respeitar os limites do planeta

6 de julho de 2022
Estudo de caso: universidade privada brasileira concilia lógica de mercado e demandas sociais

Estudo de caso: universidade privada brasileira concilia lógica de mercado e demandas sociais

28 de junho de 2022
Executivos devem apostar no regime híbrido para engajar colaboradores no pós-pandemia

Executivos devem apostar no regime híbrido para engajar colaboradores no pós-pandemia

27 de junho de 2022

Mais lidos

Características psicológicas e emocionais dos consumidores explicam resistência ao uso de serviços bancários digitais

Características psicológicas e emocionais dos consumidores explicam resistência ao uso de serviços bancários digitais

26 de maio de 2022
Valorização dos trabalhadores e desburocratização podem melhorar a gestão da saúde pública no Brasil

Valorização dos trabalhadores e desburocratização podem melhorar a gestão da saúde pública no Brasil

12 de maio de 2022
Posicionamento do Magalu durante a pandemia ensina sobre  estratégia empresarial em tempos de crise

Posicionamento do Magalu durante a pandemia ensina sobre estratégia empresarial em tempos de crise

25 de setembro de 2021
Imagem aérea da cidade de São Paulo

Criação de polos de desenvolvimento na Zona Norte de SP pode beneficiar setores de logística e serviços

5 de maio de 2022
Conflitos afetivos podem ser fatais às startups

Conflitos afetivos podem ser fatais às startups

16 de abril de 2020
em fila, pessoas aguardam para utilizar caixas eletrônicos em agência bancária

População de baixa renda e escolaridade tem menos acesso a bancos e corretoras financeiras na América Latina e Caribe

1 de junho de 2022

Tags

administração de empresas administração pública auxílio emergencial blockchain consumo coronavírus covid-19 covil-19 economia educação ESG Estratégia FGVcef FGVcemif FGV EAESP FGV EAESP Pesquisa finanças gestão gestão de saúde gestão pública gênero impacto inovação investimentos liderança marketing mulheres NEB Notícias internas ODS3 pandemia participação pesquisa PIX política pública políticas públicas saúde saúde de qualidade saúde pública supply chain SUS sustentabilidade tecnologia trabalho transparência

FGV EAESP PESQUISA

Institucional
Pesquisadores
Apoio Financeiro a Professores
Agências de fomento
Conexão Pesquisa

JOVENS PESQUISADORES

Programa de Iniciação à Pesquisa
Residência em Pesquisa
Conexão Local
PIBIC

PESQUISA CIENTÍFICA

Linhas de Pesquisa
Indicadores

PESQUISA APLICADA

Centros de Estudos
Indicadores

PUBLICAÇÕES

Relatórios de pesquisas
Sínteses de pesquisas
Relatórios - PIBIC
Relatórios – Conexão Local
Anuários de Pesquisas
Teses e Dissertações
Casos de Impacto Social

As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19

Nenhum resultado
Ver todos os recultados
  • Adm. de empresas
  • Adm. pública
  • Análise
  • Colunas
  • Vídeos
  • Podcast

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

-
00:00
00:00

Queue

Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00