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Gerenciamento baseado em evidências: a chave para a sustentabilidade das instituições de saúde

18 de março de 2025
Gerenciamento baseado em evidências: a chave para a sustentabilidade das instituições de saúde

Por Christiano dos Santos Berti, pós-graduando do Doutorado Profissional em Administração da FGV EAESP

O setor de saúde brasileiro enfrenta uma crise sem precedentes, com desafios que testam a resiliência das instituições em todo o país. A pressão inflacionária nos hospitais e o aumento dos custos com tecnologias médicas são apenas parte do problema. Além disso, os planos de saúde lidam com altas taxas de sinistralidade, que agravam ainda mais a sustentabilidade financeira dessas instituições. Diante desse cenário, a necessidade de um gerenciamento eficaz e baseado em evidências é mais urgente do que nunca.

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O mercado de saúde atual é caracterizado pela complexidade, incerteza e a necessidade constante de tomada de decisões sobre questões estratégicas e operacionais. Muitas vezes, as escolhas impactam negativamente a operação das instituições de saúde. Estratégias de redução de custos, como a adoção da “medicina baseada em evidências”, são frequentemente negligenciadas.

O gerenciamento de mudanças baseado em evidências promove a utilização de práticas embasadas cientificamente. Por exemplo, a contratação de treinamento especializado deve incluir uma análise prévia das evidências sobre a eficácia da capacitação e uma comparação entre os resultados antes e depois do treinamento com grupos de controle, garantindo uma avaliação precisa dos resultados alcançados.

Esse tipo de prática fundamenta-se em dois princípios-chave: primeiro, mudanças planejadas têm mais chances de sucesso quando orientadas por práticas cientificamente embasadas; e segundo, a aplicação regular de quatro fontes de evidências — científica, organizacional, de stakeholders e experiência dos praticantes — melhora substancialmente a qualidade das decisões relacionadas às mudanças, desde que os critérios de confiabilidade sejam rigorosamente seguidos.

 

    1. Obtenha observações diretas sobre o problema que a mudança pretende resolver, como um gestor que observa o atendimento ao cliente para identificar problemas de desempenho e depois conversa com profissionais experientes.
    2. Colete métricas quantitativas confiáveis e dados qualitativos representativos sobre a situação problemática. Vá além das impressões gerais para obter informações detalhadas por unidade ou departamento.
    3. Reúna informações de vários grupos de stakeholders (gestores, funcionários, pacientes/clientes) sobre suas percepções do problema e possíveis soluções, garantindo que a comunicação seja segura e confidencial.
    4. Realize uma pesquisa direcionada na literatura científica. Sua organização pode não ser a primeira a enfrentar desafios relacionados à inovação, eficiência ou retenção. O que a literatura científica diz sobre essas questões? Utilize bases de dados como Google Scholar e Business Source Premier para averiguar.

 

Organizações dos mais diversos setores podem oferecer exemplos de gerenciamento baseado em evidências. No setor de saúde, o Royal Free Hospital, em Londres, implementou um programa que reduziu significativamente as taxas de infecção hospitalar e melhorou a eficiência operacional. Da mesma forma, a Mayo Clinic, nos Estados Unidos, utilizou uma abordagem baseada em evidências para reorganizar seus processos de atendimento, resultando em melhorias na satisfação dos pacientes e na eficiência do fluxo de trabalho.

Evidências de qualidade e práticas baseadas nelas são cruciais para transformar o processo de mudança, fortalecer a confiança nos líderes e engajar todos os níveis da organização. Com dados confiáveis e um processo baseado em evidências, a implementação de mudanças torna-se mais previsível e controlável.

Adicionalmente, a comunicação reiterada e consistente da visão institucional também é vital para alinhar os funcionários aos objetivos estratégicos. Quando os líderes não se  comunicam eficazmente com a equipe, pode haver resistência às mudanças propostas. Reiterar a visão fortalece o entendimento e o comprometimento da equipe, assegurando que todos estejam cientes de seu papel no sucesso da mudança.

A importância da comunicação eficaz pode ser ilustrada pelo caso de um hospital que descobriu, por meio de sessões de reflexão em grupo, que os médicos eram mais receptivos a mudanças quando influenciados por seus pares. Esse insight levou a uma adaptação nas estratégias de comunicação e implementação, resultando em maior adesão e eficácia das mudanças planejadas.

Para uma organização de saúde prosperar em um ambiente de mudanças constantes, é essencial fomentar um ambiente de adaptação e crescimento. A sobrevivência e o sucesso sustentável das instituições de saúde dependem da capacidade de ancorar suas práticas em evidências sólidas e científicas.

O gerenciamento de mudanças baseado em evidências não é apenas uma recomendação, mas uma necessidade estratégica para garantir um futuro sustentável e eficaz. A adoção de práticas cientificamente comprovadas não apenas mitiga riscos, mas também assegura a sustentabilidade das instituições de saúde. Chegou o momento de adotar uma abordagem que garanta não apenas a sobrevivência, mas o sucesso contínuo.

——

Texto originalmente publicado no blog Gestão e Negócios do Estadão, uma parceria entre a FGV EAESP e o Estadão, reproduzido na íntegra com autorização.

Os artigos publicados na coluna Blog Gestão e Negócios refletem exclusivamente a opinião de seus autores, não representando, necessariamente, a visão da Fundação Getulio Vargas ou do jornal Estadão.

Tags: administração públicagestão públicasaúde de qualidadesaúde pública
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